Resenha: O Doador de Memórias por Lois Lowry

O Doador de Memórias
Editora: Arqueiro
Páginas: 190
Nota: 5/5

Sinopse:  Em O doador de memórias, a premiada autora Lois Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não existem dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não há amor, desejo ou alegria genuína. | Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos com a vida ordenada, pacata e estável que levam, conhecem apenas o presente o passado e todas as lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da mente. | Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis. | Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. | Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar.

O Doador de Memórias é narrado em primeira pessoa por Jonas, um garoto que vivia em uma comunidade onde não existe dor, raiva, sofrimento, fome e nenhum outro sentimento, seja ele bom ou ruim. Jonas mora com seus pais e sua irmã mais nova , ele  é um 11, que equivale a 11 anos. Haverá uma cerimonia onde ele virará um 12, e sera designado a um cargo que ocupará ate sua velhice. 

Seu pai foi designado para cuidar das crianças recém-nascidas, já sua mãe ocupa uma cargo na justiça. Na cerimonia, Jonas é deixado por ultimo, o que causa surpresa em todos, até que é anunciado que ele sera o novo guardião das memórias, o único que saberá como foi a vida antes da atual mesmice em que sua sociedade vive no atual momento.

Imagem do Filme

 Logo Jonas começa a aprender, sentir, ver e  a "presenciar" tudo que conhecemos hoje. Toda dor sofrimento, amor, compaixão, todo sentimento que vemos nos dias de hoje, que para eles é algo escasso, inexistente. Jonas acha algo maravilhoso, e começa a se perguntar o motivo de terem esquecido tudo isso, o motivo de não viver cada sentimento como deveria ser vivido. Os defeitos de sua sociedade acabam ficando visíveis ao seus olhos e ele logo começa a mudar.

Foto de juoliveira.com

O Doador de Memórias foi uma leitura muito boa, a escrita da autora é fácil de compreender e torna a leitura rápida. Me senti muito presa ao livro e aos personagens. Deixar de dormir não foi um desafio enquanto estava com O Doador de Memórias em minhas mãos. Foi muita gratificante conhecer essa história com personagens bens desenvolvidos, e um enredo bem singular.

Pude perceber nesse livro críticas feita ao nosso padrão de vida, a forma que a alienação pode influenciar os indivíduos no jeito de pensar, agir e até mesmo se comportar. Ao término do livro fiquei pensando bastante sobre a nossa realidade, sobre como nós no comportamos e se realmente existe liberdade.

Sei que nem todo mundo gosta de distopias, mas o Doador de Memórias é um livro excepcional e que todos deveriam dar uma chance a ele, garanto que vocês não irão se arrepender se o fizerem.

Resenha Por,

Alana Beatriz.