Resenha: Fragmentados por Neal Shusterman

Fragmentados
Editora: Novo Conceito
Páginas: 320
Nota: 5/5

Sinopse: Em uma sociedade em que os jovens rejeitados são destinados a terem seus corpos reduzidos a pedaços, três fugitivos lutam contra o sistema que os fragmentaria .
Unidos pelo acaso e pelo desespero, esses improváveis companheiros fazem uma alucinante viagem pelo país, conscientes de que suas vidas estão em jogo. Se conseguirem sobreviver até completarem 18 anos, estarão salvos. No entanto, quando cada parte de seus corpos desde as mãos até o coração é caçada por um mundo ensandecido, 18 anos parece muito, muito longe.
O vencedor do Boston Globe-Horn Book Award, Neal Shusterman, desafia as ideias dos leitores sobre a vida: não apenas sobre onde ela começa e termina, mas sobre o que realmente significa estar vivo.

 Fragmentados é uma distopia bem diferente do que estamos acostumados a ler, o tema chega a ser polêmico: A vida. A Guerra de Heartland foi uma batalha sangrenta e para levar o seu fim foi criada a Lei da Vida, durante o período de idade de 13 a 18 anos os pais poderiam escolher entre "abortar" a criança, é daí que surge a Fragmentação, o corpo seria literalmente fragmentado pelo governo, os órgãos seriam usados em operações para pessoas que precisassem, até mesmo para fatores estéticos.

Connor não leva uma vida exemplar, tem um péssimo comportamento e não possui uma boa relação para os pais, nesse mundo esses são fatores que levariam jovens para a fragmentação e Connor é um desses jovens, ele descobre em meio as coisas de seus pais o termo de Fragmentação, porém o garoto é espero e não se deixaria abater fácil. Connor foge, sem rumo, sem saber bem o que fazer, mas de uma coisa ele tem certeza: não quer ser fragmentado

Em um mundo perfeito, todas as mães desejariam seus bebês e estranhos abririam seus lares para aqueles que não são amados. Em um mundo perfeito, tudo seria preto ou branco, certo ou errado, e todos saberiam a diferença. Mas este não é um mundo perfeito. O problema são as pessoas que pensam que sim.

Risa morava em uma casa estatal desde sua infância, lá ela aprende a tocar piano e segue com isso enquanto fica por lá, Risa sabe que falhar não é uma opção, ela tem que ser a melhor caso contrário irá para a fragmentação. E sabe que após uma conversa que teve com o diretor da escola que não poderia mais relutar, seu destino já estava trassado e ela seria levada para fragmentação junto com outras garotas.

Lev é um dízimo, sabia disso desde quando nasceu. ele seria fragmentado por ter sido o décimo filho a nascer pois sua família era religiosa e dava a 10% do que ganhava para a igreja - nesse caso, para a fragmentação - Lev aceitava seu destino sem receio, enquanto alguns tinham medo ou fugiam da fragmentação Lev a aceita de braços abertos.

Há também a "chegada da cegonha", caso você encontrasse uma criança na porta da sua casa, você seria obrigado a cria-la como sua filha.

Neal Shusterman fez uma distopia sensacional, soube juntar temas polêmicos e abordar cada um desses temas de forma surpreendente. Ele conseguiu fazer com que três personagens distintos se cruzem e passem a explorar juntos um mundo em que eles poderiam ser presos e fragmentados a qualquer momento.

A edição está simples e bonita, as páginas são amarelas com um fonte em um ótimo tamanho, o livro é dividido em sete partes composto por 69 capítulos. Se você gosta de distopias com certeza deve ler Fragmentados sem pensar 2 vezes.