Resenha: Corte de Nevoa e Fúria por Sarah J. Mass

Corte de Névoa e Fúria

Editora: Galera

Páginas: 658

Nota: 4/5

Ano: 2016  |  Skoob

Sinopse: O aguardado segundo volume da saga iniciada em Corte de espinhos e rosas, da mesma autora da série Trono de vidro Nessa continuação, a jovem humana que morreu nas garras de Amarantha, Feyre, assume seu lugar como Quebradora da Maldição e dona dos poderes de sete Grão-Feéricos. Seu coração, no entanto, permanece humano. Incapaz de esquecer o que sofreu para libertar o povo de Tamlin e o pacto firmado com Rhys, senhor da Corte Noturna. Mas, mesmo assim, ela se esforça para reconstruir o lar que criou na Corte Primaveril. Então por que é ao lado de Rhys que se sente mais plena? Peça-chave num jogo que desconhece, Feyre deve aprender rapidamente do que é capaz. Pois um antigo mal, muito pior que Amarantha, se agita no horizonte e ameaça o mundo de humanos e feéricos.

Após o fim de Corte de Espinhos e Rosas fiquei um tanto curioso com relação a sua continuação. Sarah criou um mundo bem interessante e terminou o primeiro livro de forma bem digna. Logo, não esperava nada menos do que  segundo volume extraordinário  E fico feliz em falar que realmente foi!!! 

Em Corte de Névoa e Fúria temos uma Feyre não mais humana, mas sim uma feerica. Entretanto, diante dos acontecimentos passados ela está bastante debilitada. Pesadelos tornaram-se constantes para nossa protagonista, sempre cenas de Amarantha e do que ela fazia Sob a Montanha . Feyre perde bastante peso o que contribui para sua má aparência, mas mesmo perante dificuldades ela continua lutando. Tamlin, seu amado, também não está lá tão bem quanto ela, pois ele também sofre de pesadelos, mas não pode se deixar levar por eles pois ainda é o Grão Senhor da Corte Primaveril.

Feyre como feerica e futura companheirade Tamlin precisava aprender como portar-se, sobre a cultura da corte primaveril e também sobre o mundo feerico de modo geral e para isso surge uma nova personagem na história: Ianthe, uma sacerdotisa que a auxiliaria no que fosse necessário. Após dias passarem (e algumas páginas com bastante enrolação) chega o casamento de Feyre e Tamlin, mas fica nítido para quem ler que não e o que ela quer no momento, que as dúvidas são muitas e em pensamento a própria Feyre clama por ajuda. E ela recebe. Rhys aparece no meio do casamento, "nos finalmente" e a leva para corte noturna. Simples assim.

De início ela não reage muito bem. Feyre sabia que aquilo poderia trazer problemas, mas como tinha feito um acordo com Rhysand sua única opção era permanecer aquela semana com ele. Rhys fala no que ela estava pensando e por isso foi busca-la, mas Feyre nega querer ficar com ele mesmo não tendo certeza de sua relação com Tamlin. Na semana em que passa na Corte Noturna tem liberdade para fazer o que quiser, dentro da casa do Rhys. Ele começa a ensina-la a ler e a escrever, o que torna-se bem interessante com o desenvolver da historia. A semana se passa e Feyre voltara a Corte Primaveril, mas com a certeza de que retornaria a ver Rhys em breve.

Feyre acaba sendo surpreendida por Tamlin, que ao mesmo tempo que assume medida super protetora também passa a ocultar os assuntos da corte, deixando ela sem informações sobre os problemas que tem rondado o seu lar. Tamlin tem uma visão de uma Feyre fraca e indefesa e não consegue aceitar que ela se envolva em quaisquer problemas de sua corte. Ela, por sua vez, não aceita tal atitude e diz que vai sim se envolver. Tamlin, ao não aceitar esse comportamento tranca Feyre em casa com um feitiço enquanto sai com Lucien. Feyre fica indignada e tem uma surpresa: Mor, prima de Rhys, foi livra-la de sua prisão.

A partir desse ponto Sarah J. desconstrói tudo que tinha feito no livro anterior. Tamlin, com seu lado abusivo e controlador passa a ser uma personagem odiável. Já Rhys demonstra ser mais que um cara arrogante e narcisista. Algo bem chocante, de fato, mas a autora consegue mostrar um novo lado de ambos os personagens de forma natural, fazendo com que não fique nada forçado. O que tornou-se um problema nesse livro foi a falta de cenas, pois ao lermos tudo o livro é facilmente dividido em alguns momentos, e esses momentos são poucos. Teve muita enrolação, enchimento de linguiça, que na minha opinião tornou o livro em partes cansativos, por isso não obteve 4 estrelas. Contudo, estou muito ansioso para o próximo volume.