Resenha: Zon por Andrei Simões

Zon - O Rei do Nada
Editora: Empíreo
Páginas: 240
Nota: 4/5

Sinopse: Em Zon – O rei do nada, os leitores entrarão em contato com uma narrativa profunda e intensa, na qual conhecerão um personagem que precisa invadir mentes e consciências para continuar vivendo. E ele só ficará totalmente satisfeito se, no fim, destruir as crenças daqueles que domina. Dessa forma, abre espaço para que ele mesmo seja o substituto e se torne a grande divindade do universo.Porém, quando descobre que outras forças também trabalham em sua mente, Zon se vê preso num paradoxo, e já não tem certeza de que conseguirá dominar a realidade com tanta rapidez. Ao mesmo tempo em que constrói novas crenças, destrói sua própria existência.Quem estaria por trás desse controle? Conseguirá Zon permanecer vivo e são?Zon – O rei do nada é uma aventura fantástica onde verdade e mentira, realidade e ficção se misturam, fazendo com que até o mais calmo leitor estremeça diante das profundas descobertas. 

Andrei Simões trás em Zon - O Rei do Nada um livro completamente diferente com um conteúdo raro. Zon é um personagem criado por Aquele que Escreve, apresentado para Aquele que lê - no caso, nós leitores.

Zon é um parasita de mentes, ele vive na mente daquele que lê. E no decorrer das páginas vamos  o conhecendo melhor, não de uma forma lógica tampouco previsível, os fatos são apresentados sem ordem cronológica, e os capítulos são uma espécies de contos não tendo ligação direta com o capítulo anterior.

A palavra é prata,
o silêncio, ouro
E o ego, tolo.

Andrei Simões não tem uma escrita muito difícil de se entender, porém ele usa de metáforas, críticas, e expressões filosóficas, o livro faz com que o leitor reflita sobre vários assuntos, assuntos nos quais não pensariam se não posse aquela capítulo do livro. As ilustrações do Lupe Vasconcelos é algo que deixa o livro mais leve, e ao mesmo tempo mais intenso. As ilustrações se repetem, todas em tom de preto e branco e negativo, algumas imagens fazem nexo a algo do capítulo ou sobre o título.

Zon é um personagem bem peculiar que conquista o leitor aos poucos, tendo até mesmo uma conversa entre Aquele que lê e ele. Com uma mescla de ficção e realidade o livro consegue ser cativante e instigante fazendo com que o leitor leia do começo ao fim se perguntando o que levaria ao fim da obra e a resposta é surpreendente.

As horas e os dias se passaram como sempre, mas não era como sempre. Não gostava mais daquilo, nunca fez sentido. É chato perceber o nunca quando ele é passado, é chato perceber que se jogou uma vida fora, mas, afinal de contas, todo mundo joga mesmo, o desagradável é perceber isso. 

Para aqueles que querem se aventurar em Zon, deixo um conselho: Leia com calma, reflita sobre o que leu e interprete-o de sua forma. Cada um vai ter uma visão diferente de determinados temas, não pense que se a sua é diferente é errada ou certa, lembre-se somente que é sua opinião, sua reflexão.
Também quero avisar-lhes que não terão decepções quanto a edição, as páginas são amareladas com uma fonte no tamanho e ideal para leitura com ilustrações magnificas.